Operação Industrial: o que é, conceito e etapas para otimização
Em uma fábrica, ocorrem diversas atividades coordenadas para alcançar determinados resultados. Estamos falando das operações industriais, que podem ter características bem diferentes, dependendo do ramo de atuação.
Cabe aos gestores analisar, testar e encontrar o modelo de produção mais adequado para o negócio, focando nas melhores estratégias, para a correta execução de todas as etapas dos processos.
Confira, neste post, tudo o que você precisa saber sobre operação industrial, incluindo os principais tipos de produção adotados atualmente, além de conhecer as fases de um processo industrial.
Vamos lá?
O que é operação industrial?
Operação industrial é o conjunto de atividades realizadas em uma fábrica com o objetivo de gerar um produto, e envolve trabalhadores, máquinas, instalações, veículos e equipamentos.
Uma operação industrial engloba todo o fluxo de processos e o gerenciamento dos mesmos e se refere, por exemplo, à compra e ao recebimento da matéria-prima, o processamento, a estocagem e a expedição dos produtos, entre outras atividades.
Visto que um dos principais motivos do impulsionamento do desenvolvimento industrial é o uso de tecnologias modernas, as operações devem ser altamente eficientes, contando com o auxílio da automação e de instrumentos inteligentes diversos.
Quais são os 3 tipos de processos de operação industrial?
As operações de uma indústria podem ser divididas em três tipos principais:
- Processo contínuo – onde a matéria-prima “entra” de um lado do sistema e o produto resultante das operações “sai” do outro lado, sem parar. Geralmente, esse tipo de processo não apresenta paradas totais de maquinário e pode levar de horas a meses para ser concluído. As petrolíferas e as siderúrgicas são exemplos de indústrias que adotam esse tipo de operação;
- Processo em batelada – tipo de operação em que uma determinada quantidade de material é processada passo a passo, e cada etapa é completada antes de passar para a seguinte. Esse é um processo considerado descontínuo, muito comum em indústrias alimentícias e farmacêuticas;
- Processo discreto – utilizado quando é necessário processar cada peça produzida de forma individual, em todas as etapas. Robôs e máquinas especializadas são usadas nesse tipo de operação, muito empregado em indústrias eletro-eletrônicas, fábricas de navios e aviões, montadoras de automóveis, fábricas de autopeças, etc.
Quais os 5 tipos de sistemas de produção?
Os sistemas de produção ajudam a estruturar a operação industrial e podem ser classificados de acordo com suas características. Os mais comuns são:
Produção em massa tradicional
Tipo de sistema que produz, em linhas de montagem, uma alta quantidade de peças padronizadas, a baixo custo, com etapas de fabricação sequenciadas.
Geralmente, são produtos com baixa diferenciação, que compõem amplos estoques, para grande oferta ao consumidor.
Também conhecido como produção seriada, esse modelo de fabricação foi viabilizado pela criação das linhas de produção, no século XX, por Henry Ford, e é muito aplicado em montadoras de automóveis.
Produção contínua ininterrupta
Modo de produção que entrega grande volume e baixa variedade de peças. Utiliza um fluxo em linha contínuo e ininterrupto, caracterizado pela alta eficiência e inflexibilidade.
Normalmente, seus ciclos de produção são longos – com paradas evitadas a todo custo, pois são altamente prejudiciais financeiramente – por isso é empregado em grandes empresas como manufaturas, refinarias e siderúrgicas.
Esse modelo não admite estoques generosos, devido ao alto nível de escoamento da produção, por isso o planejamento e o controle são essenciais.
Produção intermitente
Sistema distinguido pela produção em lotes, com sequenciamento de etapas flexível, para atender a diferentes demandas. Por esse motivo, apresenta alta reconfiguração de equipamentos, suprindo a necessidade de entrega de uma alta variedade de mercadorias.
Para garantir a eficiência desse sistema, o planejamento de produção é ainda mais rigoroso, pois é muito comum, por exemplo, o uso de uma determinada máquina para processar peças de encomendas distintas, no mesmo dia.
Esse modelo permite a fabricação de itens únicos ou diferenciados sob encomenda ou de acordo com a demanda de vendas.
Produção cruzada
Nesse sistema, o item é produzido e estocado antes mesmo da venda confirmada, proporcionando um atendimento rápido ao consumidor, com baixo custo, porém, com pouca variedade.
Pode ser orientada por fluxo do produto (com 3 tipos: linha, intermitente ou etapas do processo) ou por tipo de consumidor. Apresenta duas dimensões: fabricação para estoques ou para o cliente (encomendas).
Quando a produção é para a formação de estoques, são necessários estudos de mercado para projeção de vendas e planejamento adequado.
No caso dos produtos encomendados, cada pedido é discutido e negociado com os próprios clientes para especificar, por exemplo, o prazo de entrega e o valor.
Produção enxuta
Conhecido como lean manufacturing ou Sistema Toyota de Produção, este sistema busca eliminar ou reduzir desperdícios.
Para isso, utiliza inúmeras ferramentas, como o Just in Time, o Programa 5S ou a Manutenção Produtiva Total (TPM), que visam melhorar a conformidade dos produtos e entregar ao consumidor exatamente o que ele deseja, na quantidade e na hora corretas.
Entre os desperdícios combatidos estão: o processamento inadequado; o armazenamento de insumos, matéria-prima e produtos acabados em excesso; os defeitos e retrabalhos; a inatividade; a falta de capacitação da equipe; etc.
Quais as etapas de um processo industrial?
As fases que compõem uma operação industrial se complementam e são coordenadas para gerar o produto final. Veja quais são:
Contato e manipulação da matéria-prima
Na primeira fase, a fábrica recebe os materiais brutos que, geralmente, são extraídos por outras empresas. A matéria-prima é inspecionada, identificada, separada e armazenada, seguindo as diretrizes da organização.
Condicionamento da matéria-prima
Após a manipulação inicial, o material começa a ser preparado para os processos a que será submetido.
Nesta fase de condicionamento, a matéria-prima pode ser modelada; combinada com outras; extraída e concentrada, quando nos referimos a alimentos que precisam de polpas para serem produzidos; entre outros processos que viabilizam as etapas seguintes.
Transformação da matéria-prima
Os materiais têm suas características e/ou propriedades modificadas, ao passar por tratamentos de temperatura, mecânicos, entre outros, a depender do que está sendo produzido.
Assim, a matéria-prima é transformada, sob um rigoroso controle, para garantir a sua qualidade e a sua resistência a todos os processos pelos quais ainda será submetida.
Separação da matéria-prima
Geralmente, nesta etapa o material é separado e modelado para dar forma aos produtos, que ainda seguirão para outras etapas montagem, acabamento e finalização.
É importante que se mantenha um padrão de fabricação, portanto, os equipamentos devem estar bem calibrados e os operadores muito atentos.
Criação do produto
Finalmente, após os processamentos, o material é direcionado às linhas de produção, onde a fabricação ocorre, literalmente.
Nestas últimas fases, componentes ou peças são unidos e, quando o objeto final “ganha vida”, é separado para armazenamento e posterior distribuição.
Vale ressaltar que os serviços de logística devem ser confiáveis, eficazes e seguros, para que a mercadoria seja transportada e entregue aos consumidores nas condições ideais.
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